A decisão das direções das casas do Congresso mexeram com os ânimos de alguns parlamentares. Deputados e senadores afirmam que a direção está agindo por pressão popular, com a adoção de “medidas precipitadas” para restringir as viagens. Parlamentares subiram nas tribunas das duas Casas para classificar as medidas de “hipócritas”, “violentas”, “duras” e “acuadas”.
Algumas manifestações:
Silvio Costa (PMN-PE): “É uma decisão acuada. A Mesa Diretora tem que anunciar amanhã que não vai estar proibido a utilização das passagens para esposas, filhos e assessores”
Ciro Gomes (PSB-CE): “Estou aqui querendo me referir a essa sanha violenta, intimidatória. Estou defendendo uma questão republicana. Os americanos têm direito à passagem? Têm. O parlamento americano tem cartão sem limite para a viagem do parlamentar. A França tem custos pagos pelo contribuinte francês? Tem. A Suécia tem? Tem. A Dinamarca tem? Tem. Todos os parlamentos têm. Isso falta ser explicado ao povo brasileiro”.
Marconi Perillo (PSDB-GO): “Houve uma infelicidade em relação às medidas anunciadas na semana passada. As informações prestadas à população pela imprensa acabaram levando a medidas duras em relação à regulamentação. As decisões certamente foram tomadas em função da pressão popular”.
Almeida Lima (PMDB-SE): “Alguns vieram aqui dizer que essa resolução vem para clarear. Não é verdade. Essa resolução veio para normatizar o que já existe. As normas não eram obscuras, eram claras. Cada parlamentar tem uma cota de passagem por mês, de quem a Casa não pede prestação de contas. Ela é de uso exclusivo dos senadores”.
Reluto a crer que eles estejam certos e todo o povo brasileiro errado. Ainda bem que a Constituição diz que todo poder emana do povo…